Esta prevista para esta sexta-feira, 6, a destruição de um HD externo (disco rígido que armazena dados) com documentos sigilosos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
A destruição foi determinada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela vai ocorrer em uma sala do Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mandou servidores destruírem o dispositivo com marreta e furadeira.
Os dados e as informações que serão destruídos envolvem a empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda e o site Brasil Paralelo. Nenhuma das duas empresas foi citada no relatório final da CPI da Covid e seus representantes podem participar do ato.
Guardado pela Secretaria de Comissões do Senado, o HD contém todos os documentos sigilosos que só podem ser acessados pelo ex-presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM). Os dados que não foram atingidos pela ordem de destruição de Gilmar Mendes serão retirados e colocados em outro HD.
Essa é uma prática que nunca ocorreu, ao menos na última década no Senado. “Todo o ato de destruição será filmado para evitar questionamento futuro”, afirmou Leandro Cunha Bueno, coordenador de Comissões Especiais Temporárias e Parlamentares de Inquérito da Casa ao jornal Estado de S.Paulo. “As imagens serão mantidas sob sigilo.”