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Defesa de Bolsonaro considera áudios de Cid como graves para Moraes e PF; senadores mencionam CPI

Foto: Reprodução/Pedro Ladeira – 11.jul.23/Folhapress.

Senadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão promovendo esforços para angariar apoio visando à abertura de uma CPI para investigar as acusações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, que alega que a Polícia Federal tentou manipular seus relatos durante um acordo de delação premiada.

Na perspectiva dos parlamentares, o ex-auxiliar de Bolsonaro atribui à PF os crimes de constrangimento ilegal, falsidade ideológica, prevaricação e abuso de autoridade, além de envolver o STF nos possíveis delitos.

O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, considera os relatos de Cid como graves e enfatiza a necessidade de uma investigação adequada. “Os áudios são gravíssimos e merecem as devidas investigações com relação ao cumprimento do devido processo legal, bem como a isenção de quem quer que seja”, declarou à Folha.

Os áudios em questão foram divulgados pela revista Veja na quinta-feira (21). Neles, o militar afirma que a Polícia Federal tem uma narrativa predefinida nas investigações contra Bolsonaro e seus associados, e sugere que o ministro Alexandre de Moraes, responsável por homologar sua delação premiada, já teria uma sentença em mente, mesmo antes da conclusão das investigações.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defende a necessidade de investigação dos fatos narrados por Cid pelo Senado, argumentando que o Supremo não seria imparcial, uma vez que é alvo das acusações.

Ele revelou que membros da oposição ao governo de Lula (PT) no Congresso Nacional estão buscando apoio para abrir uma CPI sobre o caso. “Já temos alguns nomes da oposição e independentes. Mas ainda em construção coletiva do texto que ajustaremos durante o final de semana. Na próxima semana buscaremos mais apoiamentos”, disse.

Nos bastidores, parlamentares próximos ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), consideram improvável que ele acate a demanda da oposição e instale uma comissão que possa desagradar o Supremo.

Enquanto isso, senadores bolsonaristas estão estudando estratégias para pressionar Pacheco, pois consideram o caso grave. “Essa CPI é necessária para passar a limpo os abusos que o STF é acusado de cometer e que poderia macular também a imagem de uma Instituição bastante acreditada pelos brasileiros como a PF”, afirmou Girão.

Ele acredita que “a apuração é possível já que todo o depoimento precisa ter sido gravado por força de lei”, o que facilitaria o trabalho da comissão parlamentar de inquérito. “O relato é muito grave e parece ser mais crível ainda devido a espontaneidade e por ele ter gravado o áudio enquanto estava solto”, acrescentou.

Os áudios foram divulgados na quinta-feira e, nesta sexta-feira (22), Cid foi preso por ordem de Moraes. Segundo o gabinete do ministro, ele foi detido por “descumprimento das medidas cautelares e por obstrução à Justiça”.

A PF também realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-assessor de Bolsonaro nesta sexta-feira.

De acordo com fontes da PF, o tenente-coronel violou o acordo de confidencialidade da delação premiada, o que foi considerado uma violação das medidas cautelares. Ele teria feito isso, segundo os investigadores, para tentar obstruir a investigação, sendo suspeito de obstrução à Justiça.

O Supremo também informou que está analisando a homologação da delação feita pelo militar, já que os termos não foram discutidos pela corte, mas sim pelos investigadores.

Nos áudios, Cid também critica Moraes, relator das investigações em curso no STF contra o ex-presidente. “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, afirmou.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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