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Com alta do preço, embalagem do azeite começa a encolher em supermercados

Com a alta do preço do azeite de oliva, o frasco encolheu. Em supermercados de Fortaleza, consumidores já observam embalagens do produto de 450 ml, mas as convencionais são de 250 ml e 500 ml. Ou seja, 50 ml a menos, que podem passar despercebidos pelos mais desatentos na hora das compras.

Atualmente, o tamanho maior do azeite extravirgem está no patamar de R$ 30. A alta é global e ocorre em razão das secas que atingiram a Espanha, Portugal e Grécia, grandes produtoras do óleo vegetal. Como o mercado brasileiro depende do europeu para atender a demanda local, o custo também acaba sendo ainda mais pressionado no Brasil.

Azeites
Legenda: Durante pesquisa, o Diário do Nordeste localizou azeite de 450 ml. Na embalagem, a marca sinaliza a redução do tamanho, conforme determina a legislação Foto: Diário do Nordeste
Azeite
Legenda: O Diário do Nordeste localizou marcas com tamanhos de azeite reduzidos. Neste caso, havia a indicação da diminuição, conforme determina a lei Foto: Hugo Nascimento / Diário do Nordeste

Houve reduflação?

A chamada reduflação — quando o tamanho diminui, mas o valor não — é uma estratégia antiga, usada para reduzir o custo da indústria em momentos de crise ou mesmo alta de insumos. No entanto, identificá-la é difícil para o consumidor, porque é necessário um acompanhamento dos pesos e dos preços praticados anteriormente.

Desde o início da pandemia de Covid-19, a prática se tornou cada vez mais comum. Por isso, é indicado redobrar a atenção para o tamanho e especificações apresentadas no rótulo. Caso o produto tenha encolhido, para economizar, vale recorrer à tradicional pesquisa de preços e avaliar trocar a marca.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel), Taiene Righetto, aponta que os preços de muitos insumos têm aumentado, e o setor tem procurado novas marcas no mercado.

“No caso específico do azeite, a estratégia tem sido adquirir embalagens maiores no atacado, para suprir tanto a demanda de cozinha quanto de mesa. Felizmente, a concorrência neste setor favorece as oportunidades para que os bares e restaurantes consigam reduzir minimamente os impactos da inflação”, ponderou.

Procurada, a Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Oliva) não disponibilizou de fonte para falar com a reportagem no prazo da publicação.

QUAIS OS DIREITOS DO CONSUMIDOR?

Segundo o presidente do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Fortaleza), Wellington Sabóia, a reduflação não é proibida, mas precisa seguir normas, incluindo esclarecimentos sobre as alterações.

No entanto, as empresas devem inserir as informações de mudanças de embalagens em locais legíveis e que atendam aos seguintes requisitos de formatação: caixa alta, negrito, cor contrastante com o fundo do rótulo; e altura mínima de 2 mm, conforme Portaria n.º 392/2021, de 29/09/2021, do Ministério da Justiça.

Nos casos das marcas demonstradas acima, houve o cumprimento dessa norma. Nos frascos, constava a informação da redução do tamanho.

“O consumidor precisa estar ciente de que houve uma mudança em um produto recorrente de sua escolha e, quando essa informação não for realizada como prevê a legislação, deve denunciar aos órgãos competentes”, complementa o presidente do Procon Fortaleza.

Em caso de descumprimento, deve-se denunciar o caso aos órgãos de defesa do consumidor.

O Procon recebe denúncias pelo telefone 151, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, bem como virtualmente, em qualquer dia e horário da semana, no portal da Prefeitura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br); e ainda pelo aplicativo Procon Fortaleza.

Créditos: Diario do Nordeste.

      TerraBrasil –  GuiaFacilBrasil

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