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Hospital de Curitiba usa realidade virtual para tratar idosos internados

Em seu quarto de hospital, Reinaldo Bajerski, 56, pedala na bicicleta ergométrica enquanto observa paisagens de montanha. Recém-saído da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde esteve internado por uma semana, no Hospital do Idoso Zilda Arns, em Curitiba, ele faz a terceira sessão de um tratamento com óculos de realidade virtual.

“Consigo me transportar para fora do hospital”, diz Reinaldo, que se recupera de complicações causadas pela covid-19. Enquanto pedala e executa os exercícios propostos pela equipe de fisioterapia, ele se vê, por meio dos óculos, pedalando em paisagens paradisíacas —além das montanhas, ele pode escolher observar cenários virtuais de praia, um oceano repleto de golfinhos ou uma fazenda, por exemplo. “Sinto uma sensação de liberdade, de ver a vida novamente”, relata.

O hospital, que começou a utilizar a tecnologia em 2018, interrompeu seu uso durante a pandemia. Em outubro, a equipe retomou as atividades. Agora, o tratamento é focado no alívio da dor de pacientes que precisam realizar os exercícios de fisioterapia.

“Tivemos um paciente que só conseguia passar 3 minutos pedalando. Depois que começou a usar os óculos, passou para 8 minutos”, conta Regiane Borsato, fisioterapeuta e coordenadora da Equipe Multiprofissional do Hospital do Idoso.

Borsato relata que costuma conduzir o tratamento diariamente com os pacientes que são capazes de participar (atualmente, são três), tanto da UTI quanto da enfermaria, até o dia da alta. Além da redução da dor, por meio da distração causada pelos cenários virtuais, os óculos também promovem a prevenção de quadros de delirium, que podem ser comuns em idosos hospitalizados.

Isso acontece porque, a partir das imagens, os pacientes são estimulados a ativar a memória e associar os elementos visuais a momentos da própria vida, como a infância no sítio ou uma viagem à praia com a família.

As sessões, portanto, costumam ser acompanhadas de bate-papos nostálgicos. “Sempre tem gargalhadas”, diz Borsato. “Eles relatam que esquecem que estão em um ambiente hospitalar. Quando eles se projetam para fora do hospital, ficam bem mais calmos”, acrescenta.

UOL

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